Numa recente entrevista do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, este afirmava que o seu projeto ainda só está no início e acredito plenamente que assim seja. Se nos conseguirmos projetar para as potencialidades desta plataforma dentro de 2 ou 3 anos, com toda a certeza que o tempo que vivemos hoje é quase correspondente à fase embrionária.
Acaba de atingir 750 milhões de utilizadores, obteve um crescimento nos resultados nos Xbox de quase 250%, tem 80 milhões de websites e mais 80 milhões de jogadores de Farm Ville (que já rotulamos como coisa do passado). De facto, em setembro de 2009 o Facebook anunciava 300 milhões de utilizadores como um resultado impressionante e 2 anos mais tarde, este registo cresce 2,5 vezes. Em Portugal utilizam o Facebook cerca de 2,5 milhões de pessoas/instituições, representando um grau de penetração de cerca de 23% e uma penetração no negócio online superior a 53%.
Mas começam a surgir notícias menos animadoras para e rede social:
Alguns órgãos de comunicação social de grande reputação internacional falam em expectativas inflacionadas, pretendendo concluir que a maioria das redes sociais ainda não provou ser rentável de forma sustentada, incluindo nessa relação o próprio Facebook;
– Segundo o blogue Inside Facebook, a rede social deu os primeiros sinais que pode estar próximo de atingir o seu limite em algumas regiões, tendo perdido 6 milhões de utilizadores nos EUA, e sentido o mesmo efeito no Canadá, Reino Unido, Noruega ou Rússia.
As principais críticas residem na falta de privacidade, no facto da rede ser demasiado genérica e por se ter tornado um negócio como outro qualquer. Mas será que este suposto alarmismo representa um virar de página numa história de sucesso?
Longe disso. Note-se que o mesmo blogue também refere que o Brasil é o país que mais cresce na rede, o mesmo acontecendo com o México, Tailândia, Índia ou Argentina, entre outros.
Por outro lado, uma marca que nasce a partir da inovação só se projecta no muito longo prazo se considerar a inovação um facto crítico de sucesso e se não parar de se diferenciar. E o Facebook tem feito esse trabalho de forma exemplar, como são prova os recentes desenvolvimentos:
– Cria uma versão para iPad com uma aplicação própria
– Cria o Facebookplaces, para que seja possível o envio de mensagens a consumidores em face da sua proximidade
– Projeta-se uma parceria com o Skype, numa junção que promove os contactos via chat vídeo
– Adota tecnologias que permitem o reconhecimento facial
– Prevê-se o pagamento a utilizadores que estiverem dispostos a visualizar publicidade, sobretudo nos jogos disponíveis no Facebook
– Alarga as potencialidades do Facebook Credits, permitindo que se convertam os créditos em bens de consumo reais que sejam publicitados naquela rede social
– Etc…
Se clicar aqui pode encontrar algumas das novidades do Facebook, de uma forma organizada e bem apresentada.
Como resultado dessa pujança prepara uma oferta pública inicial para o primeiro trimestre de 2012 com vista à estreia em Bolsa e à valorização da marca em cerca de 100 mil milhões de dólares.
Como se pode falar de insucesso? Na verdade o que acontece é que se caminha para 3 tipos de maturidade:
– A da rede social, que se vai sofisticando e diferenciando, criando novas potencialidades;
– A do utilizador, que começa a aprender a utilizar o Facebook de uma forma mais racional e objetiva.
– A que resulta do facto de nem todos quererem estar presentes nas redes sociais à medida que estas vão crescendo. Some people don´t want to be where everyone is.
Livro recomendado: Email, Socialmarketing and the Art of Storytelling
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/marketing-box=s25119#ixzz2uve7eMs6