O fenómeno dos Marketing Digital e das Redes Sociais tem dado origem a uma nova revolução no comportamento dos consumidores, nas estratégias de marketing das empresas e, sobretudo, tem colocado a dúvida sobre qual o caminho que torna mais eficaz a interação com o mercado.

A opção pelo Marketing Digital reúne algum consenso quanto a 3 factores diferenciadores: maior acessibilidade, menor investimento absoluto e maior controlo de resultados. Estes factos provocam crescimentos exponenciais no número de agências e demais empresas que operam no setor, geram infinitas aplicações móveis e promovem a capacidade de gerar quantidades astronómicas de informação que permitem conhecer o mais pequeno detalhe dos perfis de clientes.

Desde que a Rádio nasceu, foram precisos 38 anos para atingir 50 milhões de ouvintes; no surgimento da Televisão apenas 13 anos foram necessários para atingir o mesmo número de espetadores; em apenas 7 anos da era Mobile, chegou-se a 1,4 mil milhões de utilizadores. Nunca outro fenómeno social conheceu tamanha progressão geométrica e, hoje, 80% do tráfego online já é representado via mobile.

Tomemos como exemplo os 2 países com mais utilizadores de internet: em 2000, a China tinha 22 milhões de utilizadores, tendo hoje cerca de 700 milhões, isto é, cerca de metade da população. Na Índia não é diferente: em 2000 registavam-se 5 milhões de utilizadores e hoje esse número atinge os 400 milhões. Em cada segundo que passa, mais 3 indianos aderem ao mundo digital e, de acordo com um artigo recente da revista The Economist, estima-se que, nos próximos 15 anos, a Índia será o país com mais utilizadores de ferramentas digitais em todo o planeta, ultrapassando os 1.000 milhões.

Neste contexto revolucionário, colocam-se algumas questões obrigatórias no mundo do Marketing Digital (e que sempre foram essenciais no Marketing tradicional):

Quando é que o cliente quer ser contactado? Por que Marcas? Com que intensidade? Com que argumentos?

Hoje em dia é possível tratar uma enorme quantidade de informação (Big Data) e trabalhá-la para definir perfis de consumidores e otimizar todo o processo de segmentação. Esse trabalho já é realizado pelas marcas mais potentes do mundo digital, como a Google, Amazon ou Facebook.

Mas, a muito curto prazo, cada um de nós só verá o que lhe diz intimamente respeito, rejeitando tudo o resto, por uma questão de eficácia de tempo ou incapacidade em gerir a informação recebida.

Por isto, o grande desafio não é o de acumular Data e traçar clusters de comportamento ou antecipar necessidades, fruto da correlação de dados.

Difícil será transformar o Big Data em Action Data, chegando aos clientes certos, no tempo certo, com a mensagem certa, intensidade certa e eficácia garantida.

Voltaremos ao Marketing One to One. Via Digital. Porque não há outra via. Porque não há alternativa para garantir resultados.

 

http://gerireliderar.com/de-big-data-para-action-data/

Published On: Março 25, 2016 / Tags: , , , , , /