Num momento em que a Apple atinge o valor de mercado de 3 biliões de dólares, fruto de um crescimento sem paralelo nos últimos 10 anos, na linha do que tem ocorrido com muitas outras grandes empresas do domínio digital, como a Google, Amazon, Netflix ou Spotify, é altura de olharmos com atenção para as suas estruturas e modelos de trabalho.
Uma das principais vantagens competitivas que unem estas empresas que lideram o mundo digital resulta da sua capacidade em crescer continuamente através de algoritmos cada vez mais aperfeiçoados, capazes de ler o mercado, antecipar necessidades e customizar a oferta e a comunicação.
A questão central é que essa capacidade engloba a cultura da empresa, as suas pessoas e a forma destas concretizarem a estratégia em ações de valor acrescentado, eliminando a burocracia, ao mesmo tempo que se adaptam de forma incessante a uma lógica de inovação e de orientação para o cliente. É o somatório desta conjugação de princípios que as faz criar valor para consumidores, ecossistema de parceiros, acionistas e colaboradores.
E no que diz respeito à estrutura e modelo de trabalho, uma das características mais distintivas resulta do facto de trabalharem por equipas (esquadrões), que se especializam na máxima profundidade sobre o tema ou desafio do qual são responsáveis e para o que têm total autonomia (e responsabilidade) no que toca à tomada de decisão. Centram o sucesso na qualidade das pessoas, cada vez mais recrutados em função dos seus valores, atitudes e comportamentos do que com capacidades técnicas específicas.
Em conversa recente com um administrador de uma grande empresa na área das telecomunicações, o mesmo referia-me que no último ano contratou pessoas na área da química, biotecnologia ou arquitetura para cargos de responsabilidade, não porque fossem experts em telecomunicações (em que rapidamente se tornarão, fruto de integrarem programas imersivos dentro da própria empresa), mas porque as suas qualidades pessoais, de pensamento de trabalho, de visão e capacidade de trabalho em equipa, casam com a cultura da própria empresa.
Por outro lado, a tecnologia desempenha um papel chave em poder dar liberdade às pessoas na execução do seu trabalho. Na verdade, os algoritmos automatizam imensas decisões, ao mesmo tempo que produzem um conjunto de métricas que ajudam a compreender o êxito das ações (ex. a Amazon possui para cima de 1.000 métricas de desempenho).
As plataformas que funcionam em tempo real produzem informação que é transparente para toda a equipa e para os outros responsáveis da empresa, o que permite proceder a ajustamentos e melhorias constantes, prescindindo de supervisão humana. É neste sentido que os colaboradores se sentem mais livres para despender mais tempo a investir naquilo que realmente é a sua área de especialização, a par do seu crescimento profissional.
É verdade que muitas empresas trabalham em estruturas matriciais e por equipas. Todavia, estão presas a uma hierarquia de supervisão permanente, distribuídas por vários níveis de responsabilidade. Ora, aquilo que destaca as grandes empresas digitais neste domínio resulta do total foco destas equipas numa missão única e bem específica, que têm a incumbência de levar a cabo projetos do princípio ao fim. Esta agilidade confere-lhes a capacidade de desenvolver soluções de muita qualidade, a uma alta velocidade na tomada de decisão, a par de uma excelente execução, sempre com o princípio de servir melhor o cliente.
É deste modo que empresas como a Amazon, Netflix ao Google interagem com os clientes nas formas mais diversas, através de uma crescente granularidade e profundidade, que lhes permite tomar decisões com grande eficácia. Estamos perante casos onde a inovação do serviço a clientes é a razão de ser do negócio e onde encontramos, no máximo, 3 a 4 níveis hierárquicos. A coordenação e controlo, que tanto peso assumem em empresas tradicionais são, neste caso um não assunto, uma vez que a tecnologia providencia informação transparente para todos os envolvidos.
O sucesso empresarial faz-se através das pessoas. Comprometidas, briosas, competentes, responsáveis e alinhadas com a cultura e valores da empresa.
A maioria das pessoas acha que o que faz um bom cientista é o intelecto. Estão erradas: é o caráter. Albert Einstein
Uma das principais vantagens competitivas que unem estas empresas que lideram o mundo digital resulta da sua capacidade em crescer continuamente através de algoritmos cada vez mais aperfeiçoados, capazes de ler o mercado, antecipar necessidades e customizar a oferta e a comunicação.
A questão central é que essa capacidade engloba a cultura da empresa, as suas pessoas e a forma destas concretizarem a estratégia em ações de valor acrescentado, eliminando a burocracia, ao mesmo tempo que se adaptam de forma incessante a uma lógica de inovação e de orientação para o cliente. É o somatório desta conjugação de princípios que as faz criar valor para consumidores, ecossistema de parceiros, acionistas e colaboradores.
E no que diz respeito à estrutura e modelo de trabalho, uma das características mais distintivas resulta do facto de trabalharem por equipas (esquadrões), que se especializam na máxima profundidade sobre o tema ou desafio do qual são responsáveis e para o que têm total autonomia (e responsabilidade) no que toca à tomada de decisão. Centram o sucesso na qualidade das pessoas, cada vez mais recrutados em função dos seus valores, atitudes e comportamentos do que com capacidades técnicas específicas.
Em conversa recente com um administrador de uma grande empresa na área das telecomunicações, o mesmo referia-me que no último ano contratou pessoas na área da química, biotecnologia ou arquitetura para cargos de responsabilidade, não porque fossem experts em telecomunicações (em que rapidamente se tornarão, fruto de integrarem programas imersivos dentro da própria empresa), mas porque as suas qualidades pessoais, de pensamento de trabalho, de visão e capacidade de trabalho em equipa, casam com a cultura da própria empresa.
Por outro lado, a tecnologia desempenha um papel chave em poder dar liberdade às pessoas na execução do seu trabalho. Na verdade, os algoritmos automatizam imensas decisões, ao mesmo tempo que produzem um conjunto de métricas que ajudam a compreender o êxito das ações (ex. a Amazon possui para cima de 1.000 métricas de desempenho).
As plataformas que funcionam em tempo real produzem informação que é transparente para toda a equipa e para os outros responsáveis da empresa, o que permite proceder a ajustamentos e melhorias constantes, prescindindo de supervisão humana. É neste sentido que os colaboradores se sentem mais livres para despender mais tempo a investir naquilo que realmente é a sua área de especialização, a par do seu crescimento profissional.
É verdade que muitas empresas trabalham em estruturas matriciais e por equipas. Todavia, estão presas a uma hierarquia de supervisão permanente, distribuídas por vários níveis de responsabilidade. Ora, aquilo que destaca as grandes empresas digitais neste domínio resulta do total foco destas equipas numa missão única e bem específica, que têm a incumbência de levar a cabo projetos do princípio ao fim. Esta agilidade confere-lhes a capacidade de desenvolver soluções de muita qualidade, a uma alta velocidade na tomada de decisão, a par de uma excelente execução, sempre com o princípio de servir melhor o cliente.
É deste modo que empresas como a Amazon, Netflix ao Google interagem com os clientes nas formas mais diversas, através de uma crescente granularidade e profundidade, que lhes permite tomar decisões com grande eficácia. Estamos perante casos onde a inovação do serviço a clientes é a razão de ser do negócio e onde encontramos, no máximo, 3 a 4 níveis hierárquicos. A coordenação e controlo, que tanto peso assumem em empresas tradicionais são, neste caso um não assunto, uma vez que a tecnologia providencia informação transparente para todos os envolvidos.
O sucesso empresarial faz-se através das pessoas. Comprometidas, briosas, competentes, responsáveis e alinhadas com a cultura e valores da empresa.
A maioria das pessoas acha que o que faz um bom cientista é o intelecto. Estão erradas: é o caráter. Albert Einstein