No domínio empresarial, um dos grandes desafios da atualidade, passa por conhecer mais e melhor o comportamento do mercado, da concorrência e dos clientes, por forma a estar mais perto de conseguir analisar corretamente toda a envolvente do negócio, perspetivar tendências e antecipar necessidades.

O marketing analítico tem conhecido grandes progressos nesta matéria, sobretudo pela importância crescente do digital em qualquer modelo de negócio. É aqui que se podem encontrar cada vez mais métricas que ajudam a interpretar, do ponto de vista quantitativo e qualitativo, a interação com o mercado, a eficácia da comunicação e o desempenho da gestão comercial. A otimização da jornada do cliente também passa pela interpretação correta de toda a componente analítica, seja no ajustamento das técnicas de aquisição de clientes, na gestão de leads ou na sua conversão para fidelização.

O grande desafio que agora se coloca passa pela ambição de interligar toda a lógica omnicanal, desde os efeitos provocados na satisfação dos clientes, geração de negócio e criação de valor para ambos, isto é, combinar estratégia com tecnologia e processo criativo.

Precisamente porque os planos estratégicos carecem de ser monitorizados de forma permanente, fruto de uma envolvente cada vez mais turbulenta, seja por efeito de uma pandemia, de uma guerra, de uma valorização espontânea de uma commoditie ou de uma abrupta desvalorização da moeda, é necessário criar uma dimensão analítica que seja flexível com políticas muito próprias e capazes de antecipar um futuro próximo.

Se esse objetivo fosse concretizado, teríamos assegurada a aproximação objetiva entre marketing, vendas, finanças, recursos humanos e operações. Afinal, seria toda a estratégia empresarial que beneficiaria desta integração, ou não fosse a missão e a visão, desígnios que, também eles, projetam métricas, sejam elas de competitividade ou rentabilidade.

O ponto de partida é o mais comum: conhecer os diferentes contributos de uma estratégia omnicanal, em todo o ciclo de vida da interação com clientes e comparar a informação através de plataformas como a Google Analytics 4, Adobe Analytics ou Piwik.

O caminho da interligação passa por soluções similares à Google Enhanced Analytics: independentemente das diferentes origens da informação, tem a vantagem de poder agregar na leitura dos dados, pelo menos 3 perspetivas: a visão estratégica, a experiência do cliente e a política comercial e de marketing (como por exemplo aquela que deriva da Google ADS ou Google Display em Vídeo 360). Muito mais do que uma mera arquitetura de plataformas, esta lógica tem a ambição de se afirmar como uma solução que vai beber a todas as dimensões da empresa.

E porque não basta juntar toda a informação dentro de uma fábrica de indicadores, é fundamental que marketing e vendas estejam alinhados para recolher, reter e analisar informação cruzada, desde a medição do comportamento de clientes ao longo de toda a jornada de compra ou à interpretação do perfil das diferentes personas. É com base nessa interligação que se pode otimizar toda a lógica da gestão da oferta, tal como o ajustamento personalizado do conteúdo da comunicação, permitindo agir adequadamente para corrigir eventuais desvios face ao pretendido.

Não há processo de transformação digital que possa ocorrer com êxito, se não estiverem asseguradas as condições para que as diferentes áreas funcionais e as respetivas equipas possam contribuir de forma direta para a ambição estratégica da empresa. Só nessa condição se garante o foco na visão e missão, na aptidão de saber ler o mercado e, essencialmente na capacidade de retirar ilações, de forma ágil, inovadora e em tempo útil.

Afinal, é isto mesmo que fazem os melhores algoritmos, que nos parecem conhecer desde há longa data.

in https://linktoleaders.com/marketing-analytics-unir-os-pontos-alinhar-a-estrategia-pedro-celeste-pca/

Published On: Agosto 3, 2023 /