Men cannot act in the best interest of women if we’re not there telling them what we need – Kim Campbell – primeira ministra do Canadá.
Segundo a Boston Consulting Group, as mulheres terão no futuro próximo (pós recessão) um papel predominante. Na verdade, cerca de 82% dos empregos perdidos nos últimos anos, fruto da crise económica e financeira de impacto mundial, referem-se a homens, enquanto que actualmente, os novos empregos beneficiam de um modo equilibrado ambos os sexos.
Em 2008, o rendimento anual obtido pelos homens atingiu cerca de 23,4 triliões de dólares, enquanto no caso das mulheres registou 10,5 triliões de dólares. Todavia, estima-se que em 2013, fruto da maior integração no mercado de trabalho do sexo feminino, sobretudo em cargos empresariais e institucionais de maior relevância, o rendimento das mulheres aumente 5 triliões de dólares, valor que é superior ao rendimento de Índia e China, em conjunto.
Já hoje, nas grandes cidades mundiais de raíz ocidental, como Londres, Manhattan ou Frankfurt, na faixa etária 25-30, são as mulheres que obtêm maiores rendimentos. Há estatísticas que referem que o rendimento de uma jovem mulher cresce anualmente cerca de 8.1%, enquanto que no caso dos homens apenas aumenta 5.8%.
Adicionalmente, registam-se alguns dados quantitativos que corroboram esta tendência:
- Há cada vez maior literacia no segmento feminino (nos países desenvolvidos, por cada 100 rapazes que estudam nas universidades, há 129 raparigas, enquanto que nos países em vias de desenvolvimento, por cada 100 rapazes há 96 raparigas, mas com tendência para o equilíbrio).
- No controlo das despesas com a casa, as mulheres assumem um papel cada vez mais predominante (cerca de 70%), nos EUA, Austrália, Alemanha, Reino Unido, Japão.
- A sua representatividade na política tem aumentado, e com isso a contribuição para um maior investimento em áreas como a saúde, apoio à criança, educação, apoio às famílias, etc..
Todavia, alguns números ainda não são muito animadores: quanto à ocupação de importantes cargos empresariais, são os Países Nórdicos que lideram com cerca de 20% de ocupação atribuída às mulheres, enquanto que nos EUA atinge 14% e na Europa chega timidamente aos 10%. Registe-se que é nos Serviços Financeiros onde as mulheres têm maior representatividade.
A título de curiosidade, listam-se alguns itens que revelam a importância da mulher na decisão de compra, reveladoras de que são as maiores consumidoras, mesmo em categorias de produtos não femininos.
Itens para a casa 94%
Férias 92%
Imóveis 91%
Produtos Electrónicos 51%
Carros (directamente) 60%
Carros (influenciam) 90%
Conta Bancária 89%
Saúde 80%
No que diz respeita ao mercado de consumo futuro, este dados merecem alguma reflexão por parte das empresas e das marcas.
Por todas estas razões, será a altura em que a generalidade das deverá reflectir sobre a importância crescente do mercado feminino e adaptar progressivamente o tipo de comunicação e mensagem, posicionando-se correctamente para corresponder às necessidades de quem verdadeiramente decide.
Livro recomendado: Neuromarketing, de Christophe Morin e Patrick Renvoisé
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