Já todos percebemos que a Inteligência Artificial (IA) generativa interfere com os métodos de trabalho, criatividade, gestão de processos e até com a organização da empresa.
Sabemos também que a IA está disponível para qualquer empresa, de qualquer setor de atividade ou dimensão. A questão é saber de que forma os processos se podem tornar mais eficientes, desde a informação à gestão propriamente dita, sem colocar em causa a credibilidade da empresa, ao mesmo tempo que contribuem para acrescentar valor ao desempenho humano na organização.
Seja na produção de código programático, na conceção de um conteúdo de marketing, na elaboração de uma proposta comercial ou na preparação de uma ação de formação, a IA produzirá resultados mais úteis, sempre que o fator humano esteja presente, seja para corrigir, eliminar, ajustar ou embelezar o produto final.
Imaginemos, por exemplo, que uma empresa pretende reunir informação sobre os seus clientes, por forma a otimizar os seus critérios de segmentação e, consequentemente, customizar melhor a sua oferta e comunicação a cada público-alvo. Neste caso, o recurso à IA com base na informação que é solicitada, pode produzir determinados padrões de comportamento, que deverão ser ajustados face à informação interna disponível sobre cada um dos segmentos e ajustada à proposta de valor da empresa. Na realidade, o produto final desta iteração não tem de ser igual ao de um concorrente, pois torna-se necessário trabalhar os resultados obtidos por via da IA em cima das vantagens competitivas de cada empresa ou marca.
Neste exemplo, o perfil das personas que iremos obter estarão sempre dependentes das especificidades de cada negócio e do posicionamento da própria marca. Por outras palavras, o formato do produto final é único, pois é suportado nas suas vantagens competitivas. Porque houve intervenção humana na conceção do resultado final.
Apesar do crescimento dos chatbots inteligentes, é provável que só depois de 2030 sejamos capazes de obter uma Inteligência Artificial Generalista que replique as capacidades de um ser humano. De agentes passivos – como os chatbots ChatGPT e Gemini, que respondem passivamente a questões – passaremos a sistemas baseados em agentes, os quais serão capazes operacionalizar tarefas e ações mais complexas, tais como prever, planear ou mesmo executar ações no terreno.
Até lá assistiremos a um crescimento exponencial desta tecnologia, dando sequência a uma procura sem precedentes de chips otimizados para IA. Nesta luta incessante pelo domínio de vários setores que operam à escala global, ganhará o mercado quem for capaz de desenvolver soluções de elevado desempenho, tão desejadas pela Microsoft, Apple, Google ou Meta para marcarem posições competitivas de destaque. A grande questão é todas têm um denominador comum: o seu fornecedor de chips é a NVidia.
Não é por acaso, pois, que a NVidia acaba de se tornar a empresa mais valiosa do mundo, atingindo um valor de mercado de 3,53 mil milhões de dólares, superando a Apple.
in https://linktoleaders.com/os-caminhos-da-ia-ate-a-fusao-com-o-humano-pedro-celeste-pca/